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terça-feira, 25 de agosto de 2015

Exorcismo A Origem

 Você conhece  já ouviu falar em exorcismo?




A palavra exorcismo vem do grego exorkismós, que significa “ato de fazer jurar”, designando a cerimônia religiosa em que se expelem os demônios ou espíritos doentios das pessoas possuídas. Segundo a Igreja Católica, ele se define pela ação de expulsar espíritos malignos de indivíduos, locais e objetos subjugados por estas entidades. Esses possessos são submetidos a um ritual praticado por alguém com autoridade para tal fim – segundo a Igreja, os padres católicos. O processo de expulsão pode incluir orações e juramentos.
Este exercício espiritual acompanha as diversas religiões ao longo da história e da caminhada da humanidade. Este tema é controverso e divide grupos e filosofias espirituais. O assunto é abordado atualmente não só nos círculos sagrados, mas também nas esferas consideradas profanas, tais como o cinema, programas televisivos, livros e outros setores artísticos. A presença espiritual na vida das pessoas, a atuação e influência dos espíritos sobre a humanidade, sempre exerceram um intenso magnetismo sobre o homem, atraindo-o ou causando profunda repulsão, presente em debates ou gerando polêmicas. Na verdade, só mudam os termos, as diversas formas de manifestação e o caráter dos ritos realizados.
Entre os egípcios, babilônicos e judeus, desgraças e enfermidades eram explicadas como conseqüências da atuação de seres demoníacos, e a solução era optar, entre outros meios, pelo exorcismo, na tentativa de apartar estes seres do convívio humano. Antes da oficialização do cristianismo, este ritual era efetivado por qualquer cristão, mas depois passou a ser um monopólio dos sacerdotes católicos, embora seja uma prática cada vez mais rara, reservada a eclesiásticos com maior experiência, e sob permissão das autoridades da Igreja. A justificativa para isso é que Jesus teria privilegiado seus seguidores ao lhes ensinar os métodos para expulsão dos demônios, e este saber seria herdado pelos futuros padres – uso da água benta, colocação das mãos sobre o possesso, juramentos, sinais da cruz, preces, salmos, cantos, entre outros.
Na Idade Média as crenças e superstições levam as pessoas a ver e sentir demônios por toda parte, obsessão estimulada pela Santa Inquisição, instituição criada pela Igreja Católica para julgar e condenar heresias e mulheres consideradas bruxas. Foi uma época obscura, de muito medo, perseguição e mortes nas fogueiras. Bastava acreditar em conceitos diferentes dos pregados pelos meios oficiais católicos, e o indivíduo já era considerado herege. Depois dos exorcismos, as fogueiras eram os meios mais radicais de se eliminar a presença dos seres demoníacos.
Atualmente, antes de recorrer ao exorcismo, os especialistas procuram ter certeza de que se trata de uma história real de possessão, e não um distúrbio de natureza emocional. No catolicismo são utilizados pelo menos três espécies de exorcismo – os batismais, aplicados a toda criança no momento do batismo, para que ela fique livre de todo mal, presente em todas as almas que nascem, em conseqüência do pecado original; os simples, nos quais um determinado local ou objeto é consagrado para ser liberto da pressão de energias maléficas; e os reais, exercidos sobre pessoas possessas.
Nas igrejas pentecostais o ritual é mais simples e eficaz. Durante a cerimônia, o pastor invoca “o nome de Jesus”, com as mãos sobre a cabeça do indivíduo, e então a pessoa fica livre dos espíritos que a possuem. Entre os evangélicos que exercem essa prática no Brasil estão: a Igreja Pentecostal de Jesus Cristo, a Universal do Reino de Deus, que se vale de rituais nada convencionais, a Renascer em Cristo, e outras mais. Entre os católicos, os carismáticos defendem o uso constante dos exorcismos, porque são os mais próximos dos pentecostais em termos de práticas e de crenças.
Na esfera científica, a parapsicologia é o ramo que alimenta sua visão particular do exorcismo, buscando distinguir os acontecimentos de ordem inerente às leis da Natureza e os extra-sensoriais dos que têm como fonte fatores espirituais. Temas como exorcismo, vida depois da morte, e outros conectados às dimensões espirituais têm despertado um interesse crescente no público norte-americano e no europeu, geralmente mais céticos e objetivos. 
Fonte: INFOESCOLA
                                                                                                                                                                         
O Ritual:
Rituale Romanum (Ritual Romano em latim) é um livro litúrgico que contém todos os rituais normalmente administrados por um padre, incluindo o único ritual formal para exorcismo sancionado pela Igreja Católica Romana até finais do século XX, ritual para abençoar água, imagens e etc. Além do exorcismo de demônios, esse manual de serviço para padres também contém instruções para o exorcismo de casas e outros lugares que se acredita estarem infestados por entidades malignas.
Escrito no ano de 1614 durante o papado do Papa Paulo V, o Rituale Romanum alertava os padres contra realizar os ritos de exorcismo em indivíduos que não estejam realmente possuídos. Mas com o avanço da ciência médica que podia diagnosticar com maior precisão doenças tanto físicas quanto mentais, os casos de possessão real – demoníaca (extremamente "rara"  na verdade não comprovada) e espiritual (comum) – tornaram-se muito mais difíceis de determinar. Muito do que se acreditava ser possessão demoníaca agora é diagnosticado como sendo esquizofreniaparanóia, distúrbio de múltipla personalidade, disfunções sexuaishisteria, e outras neuroses resultantes de obsessões e terrores da infância. Desde sua publicação inicial no século XVII, o manual permaneceu inalterado até 1952, quando duas pequenas alterações no texto do ritual do exorcismo foram feitas.
Essas revisões mudaram, por exemplo, o texto em uma linha que dizia "sintomas de
possessão são sinais da presença do demônio" para "sintomas de possessão podem ser sinal de demônio". Em outra sentença original, referia à pessoas sofrendo de condições além da possessão demoníaca ou espiritual como "aqueles que sofrem de melancolia ou outras enfermidades", e foi modificada para "aqueles que sofrem de enfermidades, particularmente enfermidades mentais".
Há padres, em número cada vez maior, que acreditam na existência de possessão demoníaca e enumeram sinais que indicam sua presença. De acordo com esses membros do clero, se um indivíduo demonstra habilidades paranormais, manifesta força física sobre-humana e, principalmente, fala em línguas desconhecidas, então ele pode ser um candidato para o ritual de exorcismo. A Igreja pode considerar esse indivíduo possuído quando os sintomas citados anteriormente são acompanhados de repulsa extrema por objetos sagrados. Um padre treinado na expulsão de demônios e espíritos malignos é então convocado e, somente após receber permissão de um bispo, pode realizar o centenário ritual do exorcismo.
Exorcistas raramente ou nunca trabalham sozinhos. Normalmente são auxiliadas por, no mínimo, três outras pessoas. Uma delas é geralmente um padre mais jovem e menos experiente que está ou esteve sob treinamento para realização de exorcismos. Seu papel central é continuar o exorcismo e assumir o ritual, caso o exorcista fique muito fraco para continuar ou se ele morrer. A segunda pessoa que serve de assistente para o exorcista é, na maioria dos casos, um médico cuja responsabilidade é administrar qualquer medicação ou tratamento que a vítima da possessão precise, pois sob nenhuma circunstância o exorcista pode fazer isso. A terceira pessoa é tradicionalmente um homem parente da pessoa possuída – normalmente o pai, irmão ou marido. Em alguns casos pode ser um amigo de confiança da família. Mas, em qualquer caso, é imperativo que esteja em boas condições de saúde e seja forte – tanto física como mentalmente. Se a pessoa possuída é uma mulher, muitos exorcistas providenciam que outra mulher esteja presente durante o ritual para evitar escândalos.
Antes de realizar o ritual do exorcismo, é costumeiro que o padre faça uma boa confissão e seja absolvido de todos os seus pecados para o caso de o espírito ou demônio que ele enfrentará tente usá-los contra ele durante o ritual. Ele então veste os trajes necessários para os padres exorcistas (um sobrepeliz e um sudário púrpura) e inicia o ritual. Durante o exorcismo, certas orações prescritas, tais como o Pater Noster (o Pai-Nosso), as Litanias dos Santos e o Salmo 53, são recitadas sobre o individuo possuído, freqüentemente em latim, uma vez que se acredita que as orações são mais eficientes quando recitadas nessa antiga língua. Ao longo dessas recitações, o exorcista tradicionalmente faz o sinal-da-cruz, lê as escrituras e, às vezes, coloca suas mãos sobre a vítima. Ele também exige que o espírito maligno ou demônio que possuiu a pessoa revele seu nome e natureza, sucumba ao Filho de Deus e deixe sua vítima humana em paz. Quando o espírito maligno ou demônio finalmente parte, o exorcista reza a Jesus Cristo e pede que ele conceda sua divina ajuda e proteção à pessoa, que normalmente não retém memórias claras de sua possessão demoníaca ou do exorcismo. Se, todavia, o ritual de exorcismo não é bem-sucedido em expulsar o espírito maligno ou demônio de sua vítima, ele é então realizado repetidamente até que a entidade deixe o local. Isso pode levar horas, dias ou até mais tempo
A Oração em Latim:


EXORCISMUS
Regna terrae, cantate deo, psállite dómino, tribuite virtutem deo Exorcizamus te, omnis immundus spiritus, omnis satanica potestas, omnis incursio infernalis adversarii, omnis legio, omnis congregatio et secta diabolica, in nomine et virtute Domini Nostri Jesu + Christi, eradicare et effugare a Dei Ecclesia, ab animabus ad imaginem Dei conditis ac pretioso divini Agni sanguine redemptis + . Non ultra audeas, serpens callidissime, decipere humanum genus,+ Dei Ecclesiam persequi, ac Dei electos excutere et cribrare sicut triticum + . Imperat tibi Deus altissimus + , cui in magna tua superbia te similem haberi adhuc præsumis; qui omnes homines vult salvos fieri et ad agnitionem veritaris venire. Imperat tibi Deus Pater + ; imperat tibi Deus Filius + ; imperat tibi Deus Spiritus Sanctus + . Imperat tibi majestas Christi, æternum Dei Verbum, caro factum + , qui pro salute generis nostri tua invidia perditi, humiliavit semetipsum facfus hobediens usque ad mortem; qui Ecclesiam suam ædificavit supra firmam petram, et portas inferi adversus eam nunquam esse prævalituras edixit, cum ea ipse permansurus omnibus die° bus usque ad consummationem sæculi. Imperat tibi sacramentum Crucis + , omniumque christianæ fidei Mysteriorum virtus +. Imperat tibi excelsa Dei Genitrix Virgo Maria + , quæ superbissimum caput tuum a primo instanti immaculatæ suæ conceptionis in sua humilitate contrivit. Imperat tibi fides sanctorum Apostolorum Petri et Pauli, et ceterorum Apostolorum + . Imperat tibi Martyrum sanguis, ac pia Sanctorum et Sanctarum omnium intercessio +.

Ergo, draco maledicte et omnis legio diabolica, adjuramus te per Deum + vivum, per Deum + verum, per Deum + sanctum, per Deum qui sic dilexit mundum, ut Filium suum unigenitum daret, ut omnes qui credit in eum non pereat, sed habeat vitam æternam: cessa decipere humanas creaturas, eisque æternæ perditionìs venenum propinare: desine Ecclesiæ nocere, et ejus libertati laqueos injicere. Vade, satana, inventor et magister omnis fallaciæ, hostis humanæ salutis. Da locum Christo, in quo nihil invenisti de operibus tuis; da locum Ecclesiæ uni, sanctæ, catholicæ, et apostolicæ, quam Christus ipse acquisivit sanguine suo. Humiliare sub potenti manu Dei; contremisce et effuge, invocato a nobis sancto et terribili nomine Jesu, quem inferi tremunt, cui Virtutes cælorum et Potestates et Dominationes subjectæ sunt; quem Cherubim et Seraphim indefessis vocibus laudant, dicentes: Sanctus, Sanctus, Sanctus Dominus Deus Sabaoth.

V. Domine, exaudi orationem meam.
R. Et clamor meus ad te veniat.
[si fuerit saltem diaconus subjungat V. Dominus vobiscum.
R. Et cum spiritu tuo.]

Oremus.

Deus caeli, Deus terræ, Deus Angelorum, Deus Archangelorum, Deus Patriarcharum, Deus Prophetarum, Deus Apostolorum, Deus Martyrum, Deus Confessorum, Deus Virginum, Deus qui potestatem habes donare vitam post mortem, requiem post laborem; quia non est Deus præter te, nec esse potest nisi tu creator omnium visibilium et invisibilium, cujus regni non erit finis: humiIiter majestati gloriæ tuæ supplicamus, ut ab omni infernalium spirituum potestate, laqueo, deceptione et nequitia nos potenter liberare, et incolumes custodire digneris. Per Christum Dominum nostrum. Amen.

Ab insidiis diaboli, libera nos, Domine.
Ut Ecclesiam tuam secura tibi facias libertate servire, te rogamus, audi nos.
Ut inimicos sanctæ Ecclesiæ humiliare digneris, te rogamus audi nos.

Et aspergatur locus aqua benedicta.



Sr. Oculto

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